quinta-feira, 18 de setembro de 2008

VIII Green Meeting - Mudanças climáticas e seus efeitos em centros urbanos

O Portal Brasil Ambiental disponibiliza a interessante palestra: Mudanças climáticas e seus efeitos em centros urbanos ministrada por David Zee, Professor da UERJ realizada no VIII Green Meeting em Brasília, 2008.

Abaixo é possivel escutar a palestra na integra e ler alguns trechos destacados da apresentação:

Parte 1

Parte 2

Mudanças climáticas e seus efeitos em centros urbanos- David Zee, Prof. da UERJ

A partir de 1990 cientistas de várias partes do planeta voltaram a sua atenção para o assustador aumento da concentração de gases indutores do aquecimento do planeta, vulgarmente chamado de efeito estufa, na atmosfera. Estes gases originados pelo consumo de combustíveis fósseis (gás carbônico), decomposição da matéria orgânica (metano), queima de carvão para produção de energia (dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio), e gases utilizados para a refrigeração (CFC’s), promovem uma absorção mais intensa da energia luminosa do sol e a sua transformação para energia térmica.

Figura 1 - Processo causador do efeito estuda (Fonte: ZEE, 2008)

No início do século passado, 1928, a população mundial era de 2.0 bilhões de habitantes com a emissão de 1.0 bilhão de toneladas ano de CO2. Em 1980 a população mundial passou de 4,5 bilhões de pessoas e a emissão de CO2 já era de 5,3 bilhões de toneladas aproximadamente. Uma relação de 1,18 ton de CO2/pessoa por ano. Hoje (2006) somos 6,5 bilhões de pessoas e emitimos 7,8 bilhoes de toneladas. Uma relação de 1,20 ton de CO2/ pessoas por ano.

Globalmente falando já estão sendo observadas algumas mudanças de larga escala, tais como:

- Derretimento do Ártico e da Groelândia
- Furacões têm aumentado em número e em intensidade
- Ciclones têm sido formados em áreas nunca antes registrados (Catarina no sul do Brasil)
- Os desertos avançam e incêndios florestais são mais freqüentes
- O nível do mar vem subindo de forma acelerada nas últimas décadas
- Expansão das áreas tropicais no planeta propiciando aumento das zonas de ocupação de vetores (insetos)

O Caso do Rio de Janeiro:

Devido ao relevo acidentado e a proximidade do oceano, as cidades costeiras brasileiras, como é o caso do Rio de Janeiro, ficam espremidas entre o embate das forças oceânicas (ressacas e ventos) e as forças continentais (enchentes e relevo). Desta forma é fácil perceber que qualquer deficiência urbana (falta de coleta de lixo, impermeabilização do solo e falta de saneamento) é suficiente para eclodir os desastres naturais urbanos. A fragilização das cidades frentes a estas flutuações climáticas acende a luz de alerta para a gestão destes novos desafios de sustentabilidade do meio urbano.

As cidades costeiras não foram planejadas nem construídas para assimilar os efeitos decorrentes das mudanças climáticas globais que vem ocorrendo nas últimas décadas. Os centros urbanos tendem a potencializar os efeitos catastróficos do efeito estufa. Como exemplo temos o aumento gradativo do número de ressacas anuais ao dos últimos anos.

Figura 2 - Aumento gradual do número de ressacas no RJ (Fonte: ZEE, 2008)


Fonte: ZEE, D. Mudanças climáticas e seus efeitos em centros urbanos. Green Meeting, 2008.

Nenhum comentário:

 
Site Meter