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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

VIII Green Meeting - Biomassa para fins energéticos

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O Portal Brasil Ambiental disponibiliza a interessante palestra: Biomassa para fins energéticos: Plano de Abordagem neerlandês para a biomassa do mundo, ministrada pelo Sr. Onno Hattinga van t´Sant, Embaixador do Reino Unido no Brasil realizada no VIII Green Meeting em Brasília, 2008.

Abaixo é possivel escutar a palestra na íntegra e ler alguns trechos destacados da apresentação:







A biomassa é empregada de diversas maneiras, seja para produzir alimentos, rações para gado, combustíveis e materiais de construção, como para fins de energia (transporte e geração de eletricidade). Nos últimos anos, a atenção para a biomassa para fins energéticos cresceu vertiginosamente. Essa atenção provem do aumento dos preços do petróleo, da necessidade de diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa e para estimular o desenvolvimento econômico rural e a exploração de produtos de paises emergentes ou em desenvolvimento.

A união européia e, portanto, os Paises Baixos, decidiram estimular o uso da biomassa através de uma mistura adicional obrigatória de 5,70 % aos combustíveis em 2010 e até 10% em 2020. Essa decisão criou uma grande procura. Segundo se espera, a biomassa necessária poderá ser produzida de maneira economicamente viável na própria união européia, mas uma outra parte terá que ser importada. Com exceção da produção do bioetanol no Brasil, a maior parte da produção de biocombustiveis no momento ainda não é economicamente rentável fazendo com que a política e os subsídios promovam atualmente o desenvolvimento de biocombustiveis.

A União Européia está elaborando critérios de sustentabilidade que deveriam valer tanto para a Diretiva de Qualidade de Combustíveis, quanto para a nova Diretiva de Energia Renovável. Os critérios são:

1. Redução dos gases efeito estufa em no mínimo 35% em relação aos combustíveis fósseis;

2. Não produzir biomassa em terras com alto valor de biodiversidade, como florestas e áreas de proteção ambiental;

3. Não converter terras que agreguem um alto valor de CO2, como florestas e turfas.

A política consiste em incentivar e apoiar uma produção de biomassa cada vez mais sustentável para fins energéticos; criar condições iguais de concorrência para produtos na União Européia e fora dela, o assim chamado “level playing field”, utilizando essas oportunidades no crescimento de paises em desenvolvimento. Com isso espera-se a chegada de biomassa certificada para fins energéticos no mercado; a prosperidade para os paises em desenvolvimento, evitando os possíveis efeitos negativos dessas novas evoluções.

Porém, alem desses, que podemos chamar de critérios relacionados ao produto, os Paises Baixos querem empenhar-se junto com os paises em desenvolvimento para critérios sustentáveis socioeconômicos.

Isso quer dizer, critérios relacionados ao bem-estar e à prosperidade da população local não ocasionando efeitos negativos sobre:

-A disponibilidade local de alimentação;
-As circunstâncias socioeconômicas locais, como a pobreza, a divisão de riquezas, circunstancia de trabalho, direitos à propriedade e ao uso da terra, respeito para os direitos tradicionais da população nativa.
-O meio ambiente local, como erosão, contaminação de terra, água e ar, causados, por exemplo, pelo uso intensivo de pesticidas e fertilizantes químicos.

O pensamento por trás disso é, como já foi dito, que os paises desenvolvidos não podem lançar os efeitos negativos do uso em larga escala de biocombustiveis para os paises em desenvolvimento. Porém, esses critérios socioeconômicos de sustentabilidade ainda se encontram em plena discussão na União Européia enquanto o projeto para a diretiva ainda será discutido pelo Parlamento Europeu.

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domingo, 5 de outubro de 2008

A guerreira do clima

2 OPINIÕES

A difícil missão da ministra dinamarquesa é obter o consenso internacional em torno de um acordo para conter o aquecimento global

A ministra prepara o terreno para a Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas, que será realizada na capital dinamarquesa em dezembro do próximo ano. Essa é a data-limite para a assinatura de um tratado para substituir o Protocolo de Kioto, que estipulou metas de redução dos gases do efeito estufa até 2012. Em visita ao Brasil, onde se encontrou com representantes do governo e visitou uma usina de etanol, Hedegaard concedeu a seguinte entrevista a VEJA. Veja alguns trechos a seguir:


Qual é o principal indício do aquecimento global?


Em 2004, quando fui nomeada ministra do Meio Ambiente, recebi a informação de que em trinta anos o derretimento do gelo do Ártico iria permitir a navegação entre o Mar do Norte e o Oceano Pacífico. Decorreram apenas quatro anos e, no último mês, a passagem já ficou livre do gelo. Ou seja, a abertura do caminho ocorreu muito antes do previsto. Esse é um claro exemplo de que agir agora faz muita diferença. Os países desenvolvidos precisam fazer o maior esforço para reduzir as emissões dos gases causadores do aquecimento global. Mas as grandes economias emergentes, como a China, a Índia e o Brasil, também têm de contribuir


O combate ao aquecimento global pode atrapalhar o desenvolvimento dos países pobres?


Quando falamos em reduzir o desmatamento e em outras medidas de combate ao aquecimento global, não queremos de forma alguma prejudicar o direito ao crescimento econômico dos países emergentes. Para sustentarmos um bom padrão de vida para a população mundial de 9 bilhões de pessoas, como está previsto para 2050, teremos de ser mais eficientes no uso dos recursos naturais e investir em fontes renováveis de energia. Quinhentos milhões de pessoas vivem sem luz elétrica na Índia. Claro que não podemos pedir ao governo indiano que seu país pare de crescer economicamente. Precisamos descobrir uma maneira de tornar esse crescimento sustentado, com um impacto menor sobre o ambiente.


Que papel o etanol de cana-de-açúcar pode ter na redução de emissões de poluentes no mundo?


Ao tornar os biocombustíveis sustentáveis, o Brasil contribuiu com uma tecnologia que pode ajudar bastante na redução da poluição. As emissões brasileiras, no entanto, continuam subindo. Se o crescimento do número de carros rodando nas estradas e ruas brasileiras supera os benefícios do combustível limpo, significa que o país ainda tem alguns desafios a resolver. O etanol é bom, mas é preciso fazer mais e investir em outras fontes de energia. Na Dinamarca, temos um potencial eólico muito bem aproveitado, mas também temos de fazer mais em termos de eficiência energética.

O lobby contra o aumento da adição de etanol à gasolina é bastante influente na União Européia. Será em vão o esforço da diplomacia brasileira para transformar o álcool combustível em uma commodity internacional?


Não. A meta da União Européia é que 10% da frota use fontes renováveis de combustível já em 2020. Isso pode ser atingido com etanol, com eletricidade ou com novas tecnologias. Nós queremos que todo o setor de transportes reduza suas emissões. A discussão relacionando a alta no preço dos alimentos com a produção de biocombustível serviu para esclarecer o assunto. Alguns biocombustíveis são sustentáveis, outros não. Os critérios que vamos estabelecer na União Européia não serão em prejuízo do etanol brasileiro, porque este será capaz de atender às exigências. Coisa diferente ocorre na Europa, onde há quem queira fazer etanol de vinho. Gasta-se sete vezes mais combustível fóssil para transformar vinho em etanol, e isso, obviamente, é uma loucura inadmissível. A eficiência do produto, as conseqüências para a natureza, para a água, tudo isso tem de ser estudado. Na Dinamarca, estamos investindo em biocombustíveis de segunda geração. Uma de nossas empresas desenvolveu uma enzima capaz de transformar lixo em biocombustível, uma área em que podemos estabelecer cooperação com o Brasil.


Fonte: A guerreira do clima. Revista Veja. Disponível em: http://veja.abril.com.br/081008/entrevista.shtml. Acessado em: 05 out. 2008


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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Biocombustiveis para iniciantes II

5 OPINIÕES

Continuando a serie "Combustiveis para iniciantes" criada com base na materia da revista Galileu. Na postagem de hoje você poderá conhecer outras fontes de biocombustíveis:


DIESEL DE CANA
O que é: usa a bactéria Escherichia coli para fermentar o açúcar da cana e transformá-lo em hidrocarbonetos, mesma estrutura do petróleo >>>Vantagens: o diesel de cana emite 80% menos CO² do que o diesel tradicional. A centrifugação dos hidrocarbonetos gasta até cinco vezes menos energia do que a destilação do etanol e tem como subproduto um gás que também pode ser usado como fonte de energia. Cabe ressaltar que o diesel de cana é diferente do alcool etanol produzido pela fermentação do açucar contido na cana e sua posterior destilação.


GORDURA ANIMAL
O que É: a gordurinha que dá sabor às carnes pode levantar aviões. Um método desenvolvido por engenheiros da Universidade do Estado da Carolina do Norte, EUA, transforma esse óleo em biodiesel para aeronaves.>>>Vantagens: segundo os pesquisadores, o processo é 100% verde, já que não usa combustíveis fósseis. O produto também pode ser usado como aditivo para automóveis com motores a diesel


ALGA
O que é: várias universidades e empresas estudam a alga como matéria-prima de biodiesel. "Ela está entre as plantas mais eficientes na fotossíntese", diz Michael Briggs, da Universidade de New Hampshire>>>Vantagens: as "fazendas" de alga podem ser instaladas em terras que não servem para o cultivo de alimentos, eliminando a concorrência de espaço. Em abril foi inaugurada no Texas a primeira usina de biodiesel de alga do mundo.


PINHÃO-MANSO
O que é: uma das sementes que ganha espaço nas pesquisas brasileiras, já usado para automóveis na Índia e testado pela montadora DaimlerChrysler>>>Vantagens: essa oleaginosa é resistente à seca, pouco suscetível a pragas, tem boa produtividade e não requer o uso de agrotóxicos. Em março a BE Agroenergia anunciou que vai instalar uma fábrica de biodiesel de pinhão-manso em Colatina, Espírito Santo


MADEIRA
O que é: o diesel de madeira é dos "biocombustíveis de segunda geração". Criado por pesquisadores da Universidade da Geórgia, EUA, o novo processo aquece lascas de madeira na ausência de oxigênio, resultando em um gás que é condensado em óleo combustível >>>Vantagens: usa resíduos agroindustriais como palha, cortiça e folhas, que, por serem subprodutos das madeireiras, não competem com a produção de alimentos.


MAMONA
O Que é: feito a partir da oleaginosa, foi estimulado pela lei que obriga que o diesel brasileiro tenha 2% de biodiesel. A partir de 2013, serão 5% >>>Vantagens: apesar de não ter rendido o que se esperava nos últimos anos, a mamona ainda é promissora. Em novembro passado a empresa americana de biotecnologia Terasol LABS instalou-se no Brasil em parceria com o Sebrae do Ceará para pesquisar e desenvolver novas variedades mais produtivas da semente.


BIOMETANOL
O que é: combustível líquido que pode ser usado em motores a diesel e é produzido a partir de biogás coletado de variadas fontes de matéria orgânica, como esterco, esgoto e lixo>>>Vantagens: em 2003, a empresa Smithfield Foods, maior produtora de alimentos a base de carne de porco nos EUA, construiu uma usina experimental para extrair biogás das fezes dos bichos


CELULOSE
O que é: outro biocombustível de segunda geração, feito a partir de vários vegetais. A grande promessa na área é o sorgo, gramínea de rápido crescimento >>>Vantagens: No Brasil, a Petrobras montou uma unidade experimental com a UFRJ para produzir etanol de celulose de bagaço de cana. O plano é construir uma usina semi-industrial em 2010. Mas a produção cara ainda inviabiliza sua comercialização.


COLZA
O que é: semente das flores desse tipo de repolho é a principal matéria-prima de biodiesel na Europa. >>>Vantagens: apesar de os investimentos serem criticados por especialistas, já que os países europeus não têm muita área livre para expandir suas plantações, a colza apresenta alta produtividade. Além disso, é importante na rotação de culturas, já que torna os nutrientes do solo disponíveis durante várias safras e reduz a incidência de pragas.

Para mais informações sobre biocombustíveis clique aqui.


Fonte: Revista Galileu. Disponivel em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG83925-7837-203-5,00-BIOCOMBUSTIVEL+OU+COMIDA.html

domingo, 1 de junho de 2008

Biocombustíveis para iniciantes

1 OPINIÕES

Saiu na revista Galileu uma interessante matéria sobre biocombustiveis. Irei publicá-las aqui em partes de acordo com o tempo. A primeira será uma breve explicação sobre o que eles são e qual o processo para sua fabricação. Veja o conteudo abaixo:

Biocombustível é qualquer combustível produzido a partir de plantas ou outras biomassas. O álcool etanol, o biodiesel e a biomassa são tipos de biocombustíveis. Os maiores produtores de biocombustíveis no mundo são União Européia (75%) e EUA (13%)



O biodiesel pode ser produzido com grãos ou sementes e frutos oleaginosos, como soja, mamona, coco, algodão, amendoim e colza (um tipo de repolho ). O etanol é feito da fermentação dos açúcares de gramíneas e grãos como milho, cana-de-açúcar e sorgo.

Os maiores produtores de etanol são EUA, a partir de milho (46%), e Brasil, de cana (42%) Madeira, resíduos agrícolas e até lixo também podem ser convertidos em biocombustíveis. Em muitos casos, combustíveis fósseis como o carvão são usados para fornecer energia para as usinas, tornando-os menos sustentáveis. No Brasil, o próprio bagaço da cana é fonte de energia para as usinas, mas combustíveis fósseis entram em outras etapas da produção, como o transporte.

O etanol polui menos que a gasolina. Mas, no Brasil, as queimadas para o corte da cana e as más condições de trabalho em muitas plantações geram preocupações.

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