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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A trilha de sangue do Marfim

3 OPINIÕES

"A brutal matança de elefantes africanos para retirada de marfim está pior agora que na década de 80. Novas ferramentas de investigação forense, baseadas na análise de DNA, podem denunciar os grupos criminosos por trás desse comércio violento"

A caça ilegal desmedida no período entre 1979 e 1989 reduziu a população de elefantes em toda a África de 1,3 milhão para menos que 600 mil animais, uma perda de 7,4% por ano. Vamos rapidamente para 2006, e o comércio ilegal de marfim já subiu novamente a patamares inesperados. Entre agosto de 2005 e agosto de 2006, as autoridades confiscaram mais de 25 toneladas de marfim. A alfândega calcula, em geral, que uma taxa de confisco de contrabando de 10% para “produtos em geral” é bem-sucedida, portanto os autores calculam que mais de 250 toneladas de marfim foram contrabandeadas naquele ano. Usando a estimativa comumente aceita de 6,6 kg de marfim por elefante, concluíram que 38 mil elefantes – 8% da população total do paquiderme em toda a África – vêm sendo dizimados anualmente.

E MAIS:

O tráfico ilegal de animais e plantas silvestres de várias espécies e de seus produtos vem proliferando em todo o mundo, excedendo de longe a capacidade de monitoramento e de coação. Estudos sérios de fontes diversas indicam que o comércio ilegal de espécies silvestres pode ser calculado em dezenas de bilhões de dólares, anualmente. A liberalização do comércio global tem ajudado a abrir o mercado para produtos ilegais de animais selvagens, assim como a tecnologia: pesquisas recentes indicam quantidades significativas de marfim de origem duvidosa sendo oferecido para venda na internet.

O considerável comércio legal de espécimes silvestres raros – mais de 100 milhões de espécies raras são compradas e vendidas todos os anos sob controle do Cites – que também oferece a conduta ideal em relação ao comércio ilegal. Quanto ao marfim, está ficando claro que as organizações criminosas estão por trás de grande parte dele. Nos últimos anos, as autoridades fizeram uma série de batidas enormes e desconcertantes, confiscando 55 mil peles de répteis na Índia, 19 mil barbatanas de tubarão-raposa no Equador, 23 toneladas de pangolins na Ásia, três mil xales shahtoosh tibetanos de, pelo menos, 12 mil antílopes na Índia e 2 mil tartarugas-estrela-indianas também na Índia.

Fonte: Wasser, S.K. A trilha de sangue do marfim. Scientific America. Disponível em: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_trilha_de_sangue_do_marfim_2.html. Acessado em: jul. 2009.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Batalha no Kruger Park

2 OPINIÕES

Disponibilizo abaixo um vídeo interessantíssimo sobre a luta pela vida. Ocorre no Kruger Park e é estrelado por um filhote de búfalo, tendo como elenco leões, uma manada de búfalos e a participação especial de um crocodilo.

Vale a pena conferir.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Centenas de novas espécies marinhas são descobertas

0 OPINIÕES

Cientistas marinhos descobriram centenas de novas espécies de animais nas águas dos recifes australianos, incluindo águas vivas, corais e crustáceos. Entre as espécies encontradas estão 130 soft corals (corais macios) e pequenos crustáceos como minúsculos camarões que jamais foram descritos na literatura. As criaturas foram achadas durante expedições executadas pela Census of Marine Life – uma organização internacional que visa catalogar as espécies do oceano. Cientistas de diversos museus australianos iniciaram o complexo processo de tratamento das amostras em estudos genéticos e taxiomômicos. "Esse trabalho poderá levar anos", informou uma pesquisadora.

Figura 1 -Ctenophore (água viva) (a.); White Topped Coral Crab (b.); Sabellides (c.) e Christmas Tree Worm (d.) FONTE: msNBC, 2008


Figura 2 - Cuttlefish (a.); Soft coral (b.) e Colonial Salp Jellyfish (c.). FONTE: msNBC,2008


"Pessoas vem trabalhando nesses locais durante muito tempo

e ainda há centenas de novas espécies

que ninguém sequer coletou ou descreveu".



" É muito complicado, pois se ainda não

conseguimos compreender essa biodiversidade,

como poderemos proteje-la”

Julian Caley, cientista do Instituto Australiano de Ciências Marinhas


Confira o video abaixo:





Expedições

Os pesquisadores australianos conduziram 3 expedições nas águas dos recifes Great Barrier Lizard, Ningaloo e nas ilhas Heron, localizados na costa noroeste australiana. Milhares de amostras foram coletadas durante a viagem de 3 dias realizadas entre Abril e Setembro. Planejam também, explorar esses 3 sitios anualmente nos próximos 6 anos para aprender mais sobre os soft corals, que foram pouco estudados, e catalogar quantas espécies vivem nos recifes australianos, identificando as espécies endêmicas e os distúrbios causados pelos humanos.

Foram construídas 36 estruturas plásticas que servem como abrigo de fauna no leito do oceano em diversos locais distribuídos nesses sítios visitados. Os animais são atraídos para essas estruturas e fazem lá suas “casas”. Nos próximos anos os pesquisadores irão fazer o monitoramento dessas estruturas e avaliar a interação com as espécies. Essas estruturas também serão colocadas em demais recifes do mundo, determinando um método padronizado para o estudo da vida marinha internacional.

Figura 3 - Pesquisador do Museu Tropical Queensland estudando as espécies em um aquário iluminado

FONTE: msNBC. Hundreads of new animal species discovered. Disponível em: http://www.msnbc.msn.com/id/26786412/. Acessado em: 15 out. 2008.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Populações de mamíferos do planeta estão em declínio

1 OPINIÕES

De acordo com um levantamento científico divulgado recentemente uma em cada duas populações de espécies de mamíferos na Terra está em declínio e uma em cada quatro está correndo o risco de extinção, descrevendo a tendência de uma “crise de extinção”. A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) liberou os dados compilados de 1700 especialistas de 130 países e afirma que os dados poderiam ser bem piores caso a base de dados abrangesse todos os mamíferos.

“A situação é particulamente séria para mamíferos da Ásia, devido os efeitos combinados da caça predatória e da perda de hábitat” dizem os especialistas. No sul e suldeste da Ásia, 79% das espécies de primatas estão ameaçadas de extinção.

Entre as espécies ameaçadas inclue-se o Demônio da Tasmânia, o maior carnívoro marsupial do mundo que tem o tamanho de um cachorro pequeno e é encontrado apenas no estado australiano da Tasmânia. A sua população caiu em 60% em 10 anos.

Demônio da Tasmânia (msNBC, 2008)

As populções das focas do mar Cáspio também estão em queda – seus números caíram em 90% no último século devido a caça insustentável e a degradação de seus habitats. Essas espécies usam os blocos de gelos para parirem e cuidarem de seus filhotes. Uma baixa taxa de sobrevivência destes pode ser insuficiente para manter a população viável.


Foca do mar Cáspio (msNBC, 2008)

A UICN descreve-se como a rede ambiental mais antiga e mais ampla do planeta. É composta por mais de 1000 organismos governamentais e não governamentais e aproximadamente de 11000 cientistas voluntários em mais de 160 países.

FONTE: msNBC. Half of mammals are in declive, study finds. Disponível em: http://www.msnbc.msn.com/id/26979274/. Acessado em: 13 out. 2008.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

VIII GreenMeeting - O desafio da Austrália na proteção do santuário de baleias da Antártica

1 OPINIÕES

O Portal Brasil Ambiental disponibiliza a interessante palestra: O desafio da Austrália na proteção do santuário de baleias da Antártica ministrada por Neil Mules, Embaixador da Australia no Brasil realizada no VIII Green Meeting em Brasília, 2008.

Abaixo é possivel escutar a palestra na integra e ler alguns trechos destacados.



O desafio da Austrália na proteção do santuário de baleias da Antártica - Neil Mules


Baleias, golfinhos e botos são mamíferos icônicos que desempenham um papel ecológico chave, incluindo o fato de serem os consumidores finais do ecossistema marinho e outros ecossistemas aquáticos. Representam um grupo diverso, com pelo menos 86 espécies reconhecidas e há a possibilidade de que outras espécies sejam descobertas no futuro. Algumas espécies são migratórias e dependem da diversidade do ecossistema marinho, enquanto outras tem abrangências geográficas muito restritas. Espécies migratórias como a baleia jubarte atravessam fronterias territoriais e podem ter áreas de alimentação, acasalamento e parição em diferentes jurisdições. Isto torna a cooperação interncional essencial para a conservação das baleias.

Não podemos esquecer da história desastrosa da caça comercial de baleias em escalas industrial para que ela não se repita. Tal prática – para obter óleo – se expandiu às águas antárticas no final do século XIX com o desenvolvimento de barcos mais ágeis e com métodos mais eficientes para matar. Mais de 3.500.000 (três milhões e meio) de barris de óleo foram produzidos em apenas um ano no auge da industria em 1931.

Em seus primeiros 40 anos, a caça as baleias para fins comerciais matou mais baleias do que nos 400 anos interiores. Faz-se importante ressaltar alguns tristes dados gerados no século XX:

- Mais de 200.000 (duzentas mil) baleias jubarte foram mortas somente no Hemisfério Sul

- Reduziu a maioria das populações de baleia-azul em 99 %, sendo que mais de 350.000 (trezentos e cinqüenta mil) foram mortas no Hemisfério Sul no período de 1904 a 1967)

- As baleias-franca e as baleias-franca do Atlântico Norte foram quase extintas.

Apesar de uma geração ter passado desde a Comissão Internacional de Baleias que introduziu a moratória para caça comercial de baleias e medidas de proteção foram iniciadas , nehuma população de baleias consegui se recuperar completamente da exploração passada, e algumas espécies, ainda apresentam 1% de seu número original na fase pré-exploração.

Os cetáceos ainda são afetados por uma gama de ameaças associadas às atividades humanas, incluindo a trânsito de navios, pescas acidentais, animais presos em redes e equipamentos de pesca, poluição, degradação do habitat e poluição sonora. Enquanto algumas dessas ameaças são localizadas, outras, como aquelas associadas aos impactos da mudança climática, possivelmente têm efeitos imprevisíveis e globais, além de outros impactos cumulativos e de longo prazo.

Apesar da caça as baleias em larga escala ter acabado, é urgente avançar a cooperação internacional para prevenir outros declínios das populações podendo até causar a extinção das mesmas. A Austrália, o Brasil, outros países das Américas e tantos outros estão trabalhando juntos para melhorar a conservação de cetáceos, mas ainda há muito por fazer.

Por: Neil Mules, Embaixador da Austrália no Brasil

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Aquecimento global põe em risco espécies tropicais

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A luta dos ursos polares pela sobrevivência em face ao derretimento das calotas polares tem feito do Ártico um dos cartões postais mais negativos dos efeitos das mudanças climáticas. Porém, novas pesquisas mostraram que espécies que vivem nos trópicos também podem presenciar os perigos de um planeta aquecido, principalmente, os insetos.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Washington descobriu que apesar das mudanças de temperatura serem muito mais extremas em elevadas latitudes, são as espécies tropicais que enfrentarão o maior risco de extinção devido o aumento de poucos graus. Isso porque tais espécies vivem em suas temperaturas críticas e estão acostumadas com ambientes de variações pequenas durante o ano, dificultando a sua adaptação, disse Curtis Deutsch, professor de ciências atmosféricas e oceânicas da UCLA e co-autor do estudo.

Os cientistas usaram dados diários e mensais da temperatura global dos anos de 1950 a 2000 e adicionaram-os ao modelo climático do Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas projetando dados para os primeiros anos do século 21. Eles compararam estas informações com dados que descrevem a relação entre temperatura e a aptidão dos insetos tropicais, assim como
de sapos, lagartos e tartarugas.

Por que devemos nos preocupar com os insetos nos trópicos?

A biodiversidade do planeta está concentrada, principalmente, nos trópicos e os insetos exercem uma importante função para os ecossistemas que lá existem. Eles tem importantes funções na ciclagem de nutrientes realizando a decomposição de matérias orgânicos.

Para saber mais no link abaixo:

Fonte: Science Daily. Disponivel em http://www.sciencedaily.com/releases/2008/05/080505211835.htm

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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Oceano de plástico

2 OPINIÕES

Abaixo divulgo o material enviado ao Blog por um leitor.

Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.

No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos. Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.



A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental.

Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. 'Como foi possível fazermos isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.

Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.

Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.
Em seguida, algumas fotos retiradas de animais que morreram devido à sopa de lixo do oceano Pacífico.






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sábado, 24 de maio de 2008

Aquecimento global e acidificação dos oceanos

2 OPINIÕES

Pesquisa Norte Americana revela que a composição química dos oceanos já está sendo influenciada pelo constante aumento das emissões de CO2 na atmosfera. A baixo seguem trechos traduzidos da reportagem que saiu no MSNBC Interactive:

As águas do Oceano Pacífico ao longo da costa Norte Americana estão se tornando mais ácidas, ameaçando à vida marinha. Cientistas relatam que este cenário, vinculado ao aquecimento global, já era esperado, porém a expectativa era que não ocorresse tão cedo.

“Nós esperávamos que a acidificação do oceano ocorresse no meio ao fim do século” disse a co-autora do estudo Chris Sabine.

A acidificação descreve o processo, natural ou antrópico, no qual a água do ocenao torna-se corrosiva como resultado da absorção do dióxido de carbono presente na atmosfera. A mudança na química da água afeta a vida marinha particularmente organismos com estruturas de carbonatos de cálcio, como corais, moluscos, mexilhões e pequenas criaturas dos estágios iniciais da cadeia alimentar.

Veja o vídeo abaixo:




Fonte: MSNBC Interactive. Disponível em: http://www.msnbc.msn.com/id/24797061/

Complemento do Portal Brasil Ambiental:

O CO2 emitido na atmosfera, responsável pelo aquecimento global, pode ser absorvido pelos oceanos através de trocar gasosas entre esses dois meios. O CO2 em meio aquoso transforma-se em ácido carbônico conforme descreve a equação abaixo:


CO2 (g) + H2O (aq) ----> H2CO3 (aq) ácido carbônico


Com a queda do pH, causada pelo aumento da concentração do ácido carbônico, inúmeros ecossitemas podem ser impactados, principalmente, aqueles onde predominam espécies com estruturas com carbonato de cálcio. O carbonato é dissolvido pelo ácido através da reação descrita abaixo:


CaCO3 + H2CO3 ----> Ca + 2HCO3


Dessa forma, a permanência destas espécies ficam limitadas diretamente em relação a entrada de CO2 nos oceanos, assim como outros organismos que dependem dos corais como habitat ou que sejam predadoras de animais com estruturas carbonatadas.
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